Iemanjá
Iemanjá é um orixá
africano, cujo nome deriva da expressão iorubá Yeye oman ejá ("Mães cujos
filhos são peixes") , identificada no jogo do merindilogun pelos odus
ejibe e ossá. É representado no candomblé através do assentamento sagrado
denominado igba yemanja.
Na mitologia
ioruba, o dono do mar é Olokun, que é pai de Iemanjá, sendo ambos de origem
Egbá. Yemojá é saudada como Odò ("rio") ìyá ("mãe") pelo
povo Egbá, por sua ligação com Olokun, orixá do mar (masculino no Benim e
feminino em Ifé), referida como sendo a "rainha do mar" em outros
países. É cultuada no Ro Ògùn, em Abeokuta.
História
Iemanjá é o orixá
dos Egbá, uma nação iorubá estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan,
onde existe ainda o Rio Yemanja. As guerras entre nações iorubás levaram os
Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokuta, no início do século XIX. Não
lhes foi possível levar o rio, mas transportaram consigo os objetos sagrados,
suportes do axé da divindade. O Rio Ògùn, que atravessa a região, tornou-se, a
partir de então, a nova morada de Iemanjá. Este “Rio Ògùn não deve, entretanto,
ser confundido com Ògún, o orixá do ferro e dos ferreiros.”
Brasil
Iemanjá, rainha do
mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no
paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da
felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos
dias livres na floresta.
Além da grande
diversidade de nomes africanos pelos quais Iemanjá é conhecida, a forma
portuguesa Janaína também é utilizada, embora em raras ocasiões. A alcunha,
criada durante a escravidão, foi a maneira mais branda de
"sincretismo" encontrada pelos negros para a perpetuação de seus
cultos tradicionais sem a intervenção de seus senhores, que consideravam inadmissíveis
tais "manifestações pagãs" em suas propriedades. Embora tal invocação
tenha caído em desuso, várias composições de autoria popular foram realizadas
de forma a saudar a "Janaína do Mar" e como canções litúrgicas.
Arquétipo
Seus filhos e
filhas são serenos, maternais, sinceros e ajudam a todos sem exceção. Gostam
muito de ordem, hierarquia e disciplina. São ingênuos e calmos até demais, mas,
quando se enfurecem ,são como as ondas do mar, que batem sem saber onde vão
parar. São vaidosos mais com os cabelos. Suas filhas sabem seduzir e encantar
com a beleza e mistérios de uma sereia. Geralmente, as filhas de Iemanjá têm
dificuldade em ter filhos, pois já são mães de coração de todos.
Qualidades
Yemowô - que, na
África, é mulher de Oxalá.
Iyamassê - é a mãe
de Sàngó,
Yewa - rio africano
paralelo ao rio Ògún e que frequentemente é confundido em algumas lendas com
Yemanjá,
Olossa - lagoa
africana na qual deságuam os rios Yewa e Ògún,
Iemanjá Ogunté -
que casa com Ògún Alagbedé,
Iemanjá Asèssu -
muito voluntariosa e respeitável,
Iemanjá Saba ou
Assabá - está sempre fiando algodão é a mais velha.
Dia: sexta-feira.
Data: 2 de
fevereiro.
Metal: prata e
prateados.
Cor: azul no
Candomblé.
Comida: manjar
branco, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz, ebôya, ebô e vários tipos
de furá, melancia, cocada branca.
Arquétipo dos seus
filhos: voluntarioso, fortes, rigorosos, protetores, caridosos, solidários em
extremo, ingênuos, amigo, tímido, vaidosos com os cabelos principalmente,
altivos, temperamentais, algumas vezes impetuosos e dominadores, e tem certo
medo do mar.
Símbolos: abebé
prateado, alfanje, agadá, obé, peixe, couraça, adê, braceletes, e pulseiras.
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